Em uma recente entrevista ao The Guardian, Per Gessle, guitarrista do Roxette, reviveu o poder do clássico “It Must Have Been Love” e deixou claro que ela nunca foi pensada como uma power ballad tradicional. Segundo ele, a força da canção está na interpretação de Marie Fredriksson, com produção minimalista e sem exageros. “Não precisa de grandes acordes nem orquestrações. Toda a força está na voz da Marie”, explicou.

O que muita gente não sabe é que a música nasceu, em 1987, como uma canção de Natal na Suécia. A pedido da gravadora, Gessle incluiu uma referência direta ao dia de Natal no segundo verso, dando origem à versão original intitulada “It Must Have Been Love (Christmas for the Broken Hearted)”, lançada apenas no mercado sueco.

Anos depois, o convite para integrar a trilha de “Uma Linda Mulher” mudou tudo. A letra foi levemente adaptada, o arranjo ganhou novos elementos e a música se transformou em um fenômeno global, atravessando gerações e acumulando centenas de milhões de reproduções, sem jamais perder sua melancolia de fim de ano.

Hoje, o sucesso desse clássico do Roxette carrega também um tom agridoce. Marie Fredriksson, que deu alma eterna à música, faleceu em 2019. Ainda assim, como lembra Gessle, cada vez que “It Must Have Been Love” toca, especialmente no Natal, ela segue viva na emoção de quem ouve. Uma canção sobre amor, despedida e aquela tristeza silenciosa que só o fim de ano sabe provocar.

FONTE: RADIOROCK